sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Parabéns Vander e Edna!

Vocês fizeram uma campanha linda, limpa e honesta. Ganharam a maioria dos votos e tiveram também o maior percentual deles, levando-se em conta o equivalente das urnas. Vocês são os campeões! Numa votação em que a participação não é obrigatória e que teve o cadastramento feito na hora, difícil entender o que é abstenção. Mas o que importa é o que ficou claro nas urnas: a escola que a maioria dos alunos e pais quer NÃO é a escola que a maioria dos professores e funcionários quer.

Difícil entender isso? Pra mim não: num ambiente cheio de gente que corre da sala de aula, de privilégios (duplas, códigos 16) que levam em conta o pessoal e não o profissional, isso infelizmente fez diferença, e vocês não levaram por apenas 10 votos de professores e funcionários (considerando-se as tais abstenções). Eles certamente vão ter que repensar que escola é essa que foi reprovada em massa pela comunidade de alunos e pais. E sei também que vão copiar as nossas idéias...

Parabéns alunos do 2º, 3º e 4º ciclo também! Compareceram em massa, voltaram em casa para pegar documento com foto (quem precisou) e votaram certinho, mesmo com lacuna na cédula para confundir. Pouquíssimos votos anulados. Continuem lutando por uma escola pública decente e de qualidade!

Números da eleição na Paulo Freire:
Professores e funcionários - 38 votos para a chapa verde (Vander e Edna) e 78 para a vermelha.
Pais e alunos - 405 votos para a chapa verde e 161 para a vermelha.


quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Eleições nas escolas

Hoje as comunidades escolares de Niterói escolhem os diretores das suas unidades para os próximos 3 anos. Depois de um período nebuloso, quando o governo ensaiou uma possibilidade de não haver eleição este ano, finalmente todos puderam experimentar o delicado sabor da democracia e votar nos seus representantes. Na E. M. Paulo Freire isso acontece pela primeira vez na história. Para os alunos, participar do processo eleitoral é uma ótima oportunidade de exercer a cidadania: conhecer as propostas, os candidatos e votar consciente. Afinal, o futuro da escola está também na mão deles. Na foto acima uma aluna vota na E. M. João Brazil, enquanto abaixo outros aguardam, na fila da votação, a sua vez.


segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Mais banda da EMJB

Vídeos complementares da Banda Marcial da E. M. João Brazil no desfile de 22 de novembro na Engenhoca, comemorando os 434 anos da cidade de Niterói. Para ver o principal, veja a matéria abaixo (a banda da EMJB). Nos vídeos desta matéria você confere imagens da concentração, das balizas e da ginástica rítmica.





sexta-feira, 23 de novembro de 2007

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Niterói 434 anos

Dentre as comemorações de aniversário da cidade, aconteceu um desfile de bandas na Engenhoca, e a banda da E. M. João Brazil se apresentou muito bem! Clique nas fotos para ampliar e aguarde o vídeo do evento ...







quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Fazenda

   A Fazenda Santa Clara foi a segunda maior fazenda de escravos do Brasil. Imponente e altiva, ela ajudou a escrever um importante período da história do nosso país, e hoje ainda resiste ao tempo e à falta de investimentos. Encontra-se no Estado de Minas Gerais, no município de Santa Rita de Jacutinga, às margens do rio Preto, na divisa do Estado do Rio de Janeiro. Para chegar até lá, é preciso percorrer um longo trecho de estrada de terra e estar preparado para mergulhar na poeira do caminho. Ao longe ela fascina e encanta, mas somente lá para se ter dimensão do que ela representou para o nosso país.
 

   Os móveis ingleses subiram a Serra do Mar no lombo de mulas, pelo Caminho Velho de Parati. É de causar arrepios entrar num dos cômodos onde os mais bravos escravos negros eram torturados. Pesadas correntes, troncos e outros objetos de tortura ainda estão lá. Nas paredes é possível ver as marcas das unhas dos presos. A senzala ainda está intacta, tal qual era no passado, um espaço relativamente pequeno, com chão de terra batida, na qual os escravos dormiam em esteiras. Aproximadamente 2800 se amontoaram lá, abandonados à própria sorte, morrendo de doenças e tristeza.
   A fazenda produzia café, no entanto o forte era a "reprodução dos escravos". Os mais fortes e bonitos viravam reprodutores e os de pernas fina iam para a labuta. Há várias curiosidades na fazenda - uma delas são as "falsas janelas": em algumas partes da paredes as janelas foram pintadas para enganar a fiscalização da época. Outra é o único banheiro que se situava do lado de fora e se chamava "casinha"(isso nos anos de 1800). As telhas eram moldadas nas coxas dos escravos e eram muito resistentes, mas como os tamanhos variavam de homem para homem, quando chovia apareciam muitas goteiras. Vem daí a expressão "feito nas coxas". Tem também um ralo de pedra que ninguém sabe dizer como foi feito.
 


   Algumas novelas e minisséries da Rede Globo foram gravadas lá, dentre elas "A Abolição", o que valeu a restauração de alguns cômodos. Atualmente a fazenda tem cerca de 30 donos (herdeiros), que são a favor da venda ou não. O patrimônio está avaliado em 12 milhões de reais e até agora não apareceu nenhum comprador. A fazenda merecia ser tombada devido ao seu valor histórico e cultural, mas infelizmente em nosso país isso raramente acontece. Por enquanto ela está aberta a visitações e o valor é de R$ 5,00 por pessoa. Um valor pequeno se comparado a tudo que é possível ver e aprender neste lugar grandioso. Amantes da História do Brasil, viajem no tempo, curtam a apresentação de slides e aproveitem o vídeo! Se vocês ficarem surpresos com as imagens, imaginem-se lá... É de emocionar até os mais céticos! Até a próxima, internautas!

Texto enviado pela Professora Kelly Mauricio.
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segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Dia da bandeira

Hojé é o dia da bandeira. Antigamente se comemorava esse dia nas escolas, como parte da educação moral e cívica. Lembro de cantar o Hino da Bandeira, que para mim é mais legal que o Hino Nacional, mais melódico. Era o único dia em que se cantava esse hino. A letra é de Olavo Bilac e a música do maestro Francisco Braga (nome da rua onde moro!).

Salve, lindo pendão da esperança,
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.

Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
...

Perguntaram-me recentemente por que o Pará era a única estrela que ficava acima da faixa. Descobri que ela representa as terras do Brasil que ficam no hemisfério norte, acima da linha do Equador. Em 1889 não existiam os Estados do Amapá e de Roraima, nem do Amazonas. Porém, quando as estrelas que representam estes estados entraram na bandeira, não foram para a parte de cima. Por que será?

Na foto do alto a bandeira do Brasil tremulando no Forte do Leme (Duque de Caxias), com o Corcovado ao fundo. Acima a bandeira do Forte de Copacabana. Saiba mais em:

domingo, 18 de novembro de 2007

Provas

Chega o fim de ano e começam os concursos de admissão nas escolas de renome. As inscrições para a prova da Faetec foram prorrogadas até o dia 23/11. A taxa é de R$27,00 e as informações sobre o concurso podem ser obtidas pelo telefone (21) 2117-2450 ou pela internet no endereço www.faetec.rj.gov.br/concurso2008. As do Pedro II já aconteceram, mas os resultados ainda não saíram. Ano passado, apenas 3 alunos da E. M. Paulo Freire passaram nesses concursos (um para o Pedro II e dois para a Faetec). Esses alunos tiveram muitas dificuldades por não estarem acostumados a fazer provas. E ressaltaram depois que nestas instituições existe um calendário específico para elas.

Na Escola Municipal João Brazil também tem semana de provas (foto acima). Assim, os pais ficam sabendo quando os alunos precisam estudar mais e os mesmos testam o seu conhecimento neste tipo de avaliação, considerada tradicional pela sociedade mas da qual a mesma não abre mão. Olimpíada de Matemática é prova, a Prova Brasil o nome já diz, os próprios professores têm enfrentado provas nos concursos do Pedro II, do município do Rio e brevemente do Estado. Para alguns profissionais da educação, no entanto, esta forma tradicional é vista como tortura chinesa (foto abaixo). Mas como garantir o acesso a instituições de renome se os alunos não passam por processos de avaliação semelhantes?


sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Atlas de Niterói

O Atlas de Niterói foi um projeto que eu entreguei há mais de dois anos na FME, em 2005. Era basicamente começar a fazer em Niterói um trabalho como o Atlas Escolar da Cidade do Rio de Janeiro, juntando mapas fundamentais para os alunos conhecerem o município. Em 2006, encaminhei novamente este projeto para lá, incentivado pelo coordenador de Geografia, provavelmente alguém novo que queria fazer as coisas acontecerem. Silêncio. Nunca obtive resposta nenhuma. Na época da minha remoção, quando fui chamado à FME, cheguei a mencionar isso, e o curioso é que a pessoa que me atendeu me aconselhou a registrar a idéia, pois poderiam roubá-la.

Estou escrevendo isto na verdade não por causa do projeto do Atlas, mas porque hoje fiquei novamente muito triste com a FME. Foi por causa da mensagem que recebi da minha amiga Taís, mais uma ótima professora a deixar o município de forma lamentável (por que isso?). Leiam... Tais: rogério. me exonerei ontem de niterói. maior merda. segundo a secretária do waldeck para eles eu ainda estava dando aula até hoje. q a professora substituta não poderia estar lá. q no caso, eu teria abandonado o cargo. disse q a direção não podia ter me liberado... fiz um rebu naquela fme ontem. não tive outra alternativa a não ser me exonerar. saí de lá aos prantos... q confusão! ninguém merece. bjs

É ou não é triste?

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Li e gostei (2)...

"Minha terra e minha vida (Niterói há um século)", da Niterói livros, é outro livro muito interessante e instrutivo que conta histórias das terras de Araribóia. A Praia Grande, a Cidade Invicta, os tílburis, as chácaras, o dr. Paulo César e o dr. March, tem muita coisa, é uma incrível aula de Geografia com personagens que habitam o nosso imaginário da cidade - nomes, por exemplo, que aparecem em ruas atuais, como Noronha Torrezão, tenente da Guarda Nacional quando lutou na Revolta da Armada.

São muitas as curiosidades, como esta: "os pontos de cem réis surgiram com os próprios bondes, como modo de racionalizar as tarifas. As linhas eram divididas em seções de 100 réis, permitindo que os que andassem menos pagassem menos e vice-versa. Havia pontos de cem réis no largo do Moura, na praia das Flechas, no Canto do Rio, no cruzamento das ruas Dr. Celestino e Marquês do Paraná e no encontro da rua do Santana (Benjamin Constant) com a rua do Fonseca, hoje alameda São Boaventura. Este último perpetuou-se na toponímia urbana como Ponto Cem Réis de Santana. (...) A linha do Fonseca ia apenas das barcas ao largo da Igreja, e em meados de 1883 chegou até as olarias e barreiras do coronel Francisco Dias da Costa, onde está hoje o Bairro Chic. Em setembro do mesmo ano atingiu finalmente a subida da caixa d'água, onde começava a estrada do Baldeador".

O autor do livro é Everardo Backheuser, que foi também destacado geógrafo e professor de Geografia. Sugeriu a Getúlio Vargas a criação do dia do professor, quando era presidente da Academia Brasileira de Educação. A data lembra a lei de D. Pedro I de 15 de outubro de 1827, que instituiu o ensino primário obrigatório e gratuito no Brasil, e foi comemorada em Niterói pela primeira vez em 1937. Este livro foi publicado originalmente em 1942, com o subtítulo "Niterói há cinqüenta anos".

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Rabeca

Nas grandes civilizações da Ásia e da África, em algum momento de suas histórias, existiu um pequeno instrumento de cordas tocado por um arco. Este instrumento musical teria viajado até a Europa durante a dominação dos mouros, pois a palavra rabeca foi usada durante a idade média para designar um instrumento importado do Norte da África, que se tornaria bastante apreciado nas mãos dos menestréis medievais. Com o surgimento das primeiras cidades e a profissionalização dos mestres-artesãos, um novo instrumento apareceria, provavelmente na Itália, para roubar da rabeca as atenções da nobreza: o violino. Era essencialmente o mesmo instrumento, só que construído com uma técnica e ferramentas mais precisas, e com um acabamento perfeito, o que terminava produzindo o timbre limpo e uma execução mais rica em recursos musicais.

Nas aldeias distantes dos centros urbanos, entre a população mais pobre, as rabecas continuariam a ser produzidas como antes, com processos artesanais mais rústicos. Por isso passou a designar qualquer instrumento folclórico parecido com o violino, de fabricação popular. A característica que os distingue é justamente a ausência de padrões da rabeca, seja no processo construtivo, no material utilizado, no formato, tamanho, número de cordas ou afinação. Ela tem um som fanhoso e sentido como tristonho, e o tocador a encosta no braço e no peito, friccionando suas cordas com arco de crina, untado no breu. “Esse é o colorido especial da rabeca”, diz o músico pernambucano Siba. “Um tocador de violino passa anos aprendendo a limpar os timbres, mas o rabequeiro não limpa, está mais preocupado com a pancada do braço, o ritmo, os sons rasgados.”

Essa imprevisibilidade da rabeca dificulta enormemente a sua execução e faz com que o aprendizado do tocador seja tão intuitivo quanto metódico. O aluno precisa descobrir por conta própria a altura da afinação ideal, e para esse tipo de aprendizado não existe um bê-á-bá. Restrita às festas populares e religiosas, a rabeca teve força para se espalhar pelo Brasil, tendo se adaptado à cultura de cada região, dos fandangos paranaenses até os cavalos-marinhos pernambucanos, passando pelos reisados de Minas Gerais. Nas fotos desta matéria, alunos da E. M. João Brazil (duas primeiras do alto), e do Morro de São Lourenço (acima) - tendo contato com uma rabeca pela primeira vez na vida.



Esta rabeca foi construída por Mané Pitunga, codinome de Manoel Severino Martins, nascido num engenho onde o pai trabalhava como agricultor, na cidade de Ferreiros (zona da mata pernambucana) e falecido há poucos anos. Ao ver pela primeira vez o instrumento, Mané logo tratou de arrumar uma boa tora de madeira para fazer o próprio. "Peguei um serrote e uma foice. Terminei aprendendo pela minha própria cadência", dizia o virtuoso tocador de rabeca - 35 anos nas apresentações de Cavalo Marinho, e cerca de 200 instrumentos espalhados hoje pelo Brasil e o mundo. O som é agudo, arranhado, sujo, e era essa exatamente a intenção.

Texto extraído da Revista Raiz (http://revistaraiz.uol.com.br).


quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Futebol

A estampa é de time campeão, mas a equipe da F7B que posou para a foto não levou o campeonato. Há alguns dias, times com camisas de cores diferentes começaram a disputar na quadra partidas de futebol, a partir de meio-dia depois da aula. Um cartaz na parede perto do refeitório (foto abaixo) anunciava que era o torneio em comemoração ao 9º aniversário do Grêmio Estudantil, e ainda vinha com a tabela dos jogos. A final foi hoje, entre as equipes das turmas F8C e F9A, mas ainda não sei quem ganhou. Os alunos pediram a foto na internet, depois de verem a matéria sobre o xadrez na sala de informática, e ela acabou sendo meu único registro deste evento, organizado pelo grêmio da E. M. João Brazil.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Xadrez

Diz a lenda que o xadrez surgiu na Índia, no reinado do príncipe Iadava (sabe-se lá quando). O rei perdera seu filho Adjamir na guerra, e vivia inconsolável. Um dia, informado que um moço pobre e modesto solicitava uma audiência há tempos, mandou chamá-lo à sala do trono. O jovem, Lahur Sessa, lhe apresentou um grande tabuleiro quadrado, dividido em sessenta e quatro quadradinhos, com duas coleções de peças (uma branca e uma preta) e curiosas regras que permitiam movimentá-las de diferentes modos. Enfim, criou algo para distrair e alegrar o rei, que ficou curioso com o novo jogo e em pouco tempo já estava derrotando seus adversários. Numa partida, percebeu que o sacrifício de uma peça importante, imposto por uma fatalidade, era às vezes necessário para vencer a guerra, e alcançar a paz e a liberdade de um povo.

Maravilhado, o rei Iadava quis recompensar o jovem pelo jogo interessante e instrutivo, mas este nada quis. O soberano insistiu, e sem poder recusar, Sessa pediu um pagamento em grãos de trigo: um grão pela primeira casa do tabuleiro, dois pela segunda, quatro pela terceira, oito pela quarta e assim, dobrando sucessivamente, até a sexagésima quarta do tabuleiro. O rei estranhou o pedido, pois lhe pareceu tão desambicioso - contentar-se com um punhado de grãos, ao invés de luxos e riquezas materiais - que ordenou logo o pagamento. Quando se calculou o que o jovem deveria receber foi que percebeu a ilusão: o valor era um número astronômico, maior que todo o seu reino (18.446.744.073.709.551.615). Assombrado, o rei se viu em maus lençóis, pois havia dado sua palavra.

Felizmente, o bom jovem abriu mão da recompensa e acabou virando amigo, companheiro de partidas e conselheiro do rei. Esta foi a história da origem do jogo de xadrez, contada no livro "O homem que calculava", de Malba Tahan. Na Escola Municipal João Brazil tem uma garotada que curte e joga xadrez também. Eu prometi jogar com o aluno se se comportasse na aula, e assim comecei. Depois, foram aparecendo outros adversários e toda semana jogo pelo menos uma partida. Numa dessas, fizemos um pequeno registro que resultou nesta matéria para o blog. Na foto do alto Celton da F7B com seu tabuleiro; no meio o cavalo preto ataca o rei branco, que não pode se mover por causa da torre e do bispo: xeque-mate! Na última, a partida rolando na mesinha do pátio. Abaixo, uma palinha do enxadrista.



Quem quiser jogar xadrez agora na internet, acesse http://www.flyordie.com/jogo/xadrez.html.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Viajando no tempo...

... para conhecer a E.M. Paulo Freire...

Professora: Olá, boa tarde! Puxa, queria tanto saber um pouco mais sobre a história dessa escola... Será que esse local onde ela está hoje sempre foi assim? Gostaria muito de saber...

INTRODUZIR O FANTOCHE DE JOÃOZINHO

J: Pode deixar comigo, professora!

P: Ai, que susto! Mas, como assim “pode deixar comigo”?

J: É, professora, pode deixar que eu descubro a história da escola para a senhora...

P: Ah, já sei, você vai pesquisar na biblioteca e...

J: Não, professora, não vou para a biblioteca não...

P: Como não? E você vai fazer o quê então?

J: Ora, vou viajar na minha máquina do tempo...

P: Ah, bom... Máquina do tempo? Que negócio é esse de máquina do tempo?

J: É professora, eu inventei uma máquina do tempo que pode levar a gente para quando e onde a gente quiser...

P: Sei...

J: É rapidinho... É só ligar aqui este botão e pufff...

P: Joãozinho, Joãozinho, cadê você? Ué, gente, alguém viu o Joãozinho? Na certa se escondeu ou foi aprontar alguma... Bom, voltando ao que a gente tava conversando, eu queria muito saber a história desse local onde a escola Paulo Freira está, a história da escola...

J: Ufa! Voltei, professora!

P: Onde você estava?

J: Eu já falei, fui viajar no tempo para descobrir a história desse local aqui...

P: Ah, sei...

J: É, mas minha máquina teve um probleminha e quase que eu não volto...

P: Tudo isso aconteceu nos 30 segundos que você esteve fora?

J: A minha máquina é do tempo, lembra? Eu fiquei fora por muitas horas, viajando por muitos anos, mas para você durou só 30 segundos, foi rapidinho. Eu programei a máquina para voltar para o mesmo dia e hora que eu viajei...

P: Então, o que você descobriu?

J: Eu voltei para o período Colonial, que foi a época em que o Brasil ainda não era independente de Portugal.

P: Nossa, você foi longe, hein...

J: Pois é, professora, nessa época as terras onde hoje é a cidade de Niterói pertenciam à sesmaria do índio Martin Afonso de Souza...

P: O Araribóia...

J: Isso.

P: Mas o que o Araribóia tem a ver com a escola, Joãozinho?

J: Calma que eu já explico... Com o passar do tempo, as terras do Araribóia, que era a aldeia de São Lourenço dos Índios, foram sendo divididas e vendidas e no ano de 1656 a parte que hoje faz parte do bairro do Fonseca foi comprada pelo médico Francisco da Fonseca Diniz...

P: Ah, é por isso que o bairro aqui se chama FONSECA...

J: Isso mesmo! O tempo foi passando, o médico Fonseca morreu e seus descendentes ficaram com as terras. Um deles foi o Barão de São João de Caraí, ao qual pertenciam as terras onde hoje faz parte o Horto do Fonseca e também o antigo Colégio Brasil da Alameda...

P: Que interessante...

J: É, mas o Barão na década de 1880 vendeu parte de suas terras para o Comendador Bernardino Martins Ferreira de Faria. E adivinha onde se localizavam as terras?...

P: Aqui!!!

J: Exatamente, aqui. É por isso que a Travessa Bernardino, que fica aqui atrás, tem esse nome...

P: Que legal! Mas quem era esse Comendador Bernardino?

J: Ah, ele foi um homem muito importante. Na época ele era considerado um dos moradores mais antigos de Niterói. Começou a vida trabalhando como tropeiro.

P: Sei... levando gado de um lado para outro em grandes tropas...

J: Isso, e depois tornou-se um importante comerciante, acumulando grande fortuna!

P: Uau!

J: Então essas terras que foram compradas pelo Comendador Bernardino se tornaram uma chácara (sítio). Eu fui viajando no tempo e via que a cidade de Niterói foi crescendo e se modificando. Assim aconteceu no bairro do Fonseca e nessas terras aqui também. Casas e prédios foram sendo construídos...

P: E desse prédio aqui, você descobriu alguma coisa?

J: Descobri sim...

P: Então conta que eu já estou curiosa...

J: No século passado, no ano de 1970, começou a funcionar aqui o “Centro Educacional Industrial e Comercial – CEINCO.

P: Ah, então esse prédio funciona como escola desde os anos 1970?

J: Isso mesmo. Mas no ano de 1985 o CEINCO mudou de nome. Passou a ser “Centro Educacional Mac Laren”, porque era ligado ao estaleiro Mac Laren que funciona até hoje na Ponta da Areia.

P: Que interessante.

J: Depois, em 1991, a escola virou Colégio Brasil, ou melhor, “Sociedade Educacional Colégio Brasil”.

P: Esse é o Colégio Brasil que tanto falam?

J: Não exatamente. O Colégio Brasil que é muito conhecido é o que ficava na Alameda São Boaventura e que foi extinto em 1986. O que funcionou nesse prédio foi outro Colégio Brasil. Dizem que ele recebeu esse nome porque o dono daqui foi um professor que trabalhava lá no Colégio Brasil da Alameda e que queria resgatar o nome...

P: Ah, bom, e o que tinha aqui?

J: Aqui tinham vários cursos para formação profissional dos alunos: formação para professores de 1ª a 4ª séries e educação infantil, técnico em contabilidade, habilitação básica em comércio, em eletricidade, técnico em mecânica e em estruturas navais, técnico em eletrônica... Fizeram até um supletivo de 1º e 2º graus...

P: Para as pessoas que não tiveram a oportunidade de estudar quando crianças...

J: Isso mesmo. O objetivo era que aqui funcionasse uma faculdade. Eu até trouxe uma planta da escola daquela época, querem ver?

EXPLORAR A PLANTA COM OS ALUNOS

J: No final dos anos 1990 o Colégio Brasil foi fechado...

P: Ah, e a partir de 2004 foi reformado o prédio e hoje é essa escola que se chama Paulo Freire.

J: É, o prédio foi comprado pela Prefeitura de Niterói no final de 2003 e a nossa escola começou a funcionar em 2004.

P: Puxa, que legal! Obrigada por ter viajado no tempo para nos contar essa história, Joãozinho, que é a nossa história também!

J: Não tem de quê, professora, mas agora eu tenho que ir pois vou consertar a minha máquina do tempo que ficou um pouco desgastada na viagem. Quero ver se consigo encontrar algum dinossauro mais tarde... Fui!!!!

P: Tchau, Joãozinho... Que história incrível, né? Vocês sabiam disso? Bom, agora que a gente já sabe o que a escola era antes, vamos tentar imaginar o que aconteceu aqui...



Texto enviado pela Professora Laryssa Barduzi.


Fotos do dia da inauguração oficial da escola, em junho de 2004, e do museu do mamulengo, em Olinda (PE).


quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Nova horta (2)

Hoje os alunos plantaram bem. Foram seis, mas todos, em quase uma hora, cavaram, semearam, regaram, curtiram o meio ambiente e transformaram um espaço da escola. Levei uns bulbos de gladíolos (palma de Santa Rita) e vários saquinhos de sementes, como alecrim, alfavaca-manjericão (verde, roxo e folha de alface), cebolinha, hortelã, orégano e salsa. A princípio tentamos espalhar as mudas de palma pelo terreno, mas o solo está tão empedrado lá que as pazinhas não foram suficientes para cavucá-lo. A solução foi plantá-las nos limites do canteiro - onde é mais fácil de cavar, formando uma cerca-viva. No final, os alunos posaram para fotos (clique para ampliar). Abaixo, o regador molhando a terra em dois momentos.

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