quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Taioba

Você saberia identificar a taioba entre as plantas acima, na foto de Gabriela Valentim (6D)?

 
Na EMJB, a taioba (Xanthosoma sagittifolium) é uma ilustre desconhecida: poucos a provaram, dentre alunos, funcionários e até cozinheiras. Essa impopularidade pode ser explicada pelo fato de existirem algumas plantas parecidas com a taioba, como o inhame (Colocasia esculenta) - planta que não se come a folha, mas a raiz - e a taioba-brava (Colocasia antiquorum), venenosa, que pode causar reações como vômitos e asfixia...

As taiobas da escola são da espécie boa e vieram todas da Geomata na Ilha do Fundão (Geografia/UFRJ), numa troca de mudas realizada em 2009. A planta comestível é toda verde, tanto o talo como a folha, as nervuras são mais claras e  os dois lobos do coração formam um Y cujo centro se junta no talo. No inhame, as folhas fecham antes da junção, e na taioba-brava o talo tem coloração arroxeada (e não tem na EMJB)...

Outra foto de Gabriela Valentim. Na composição da planta encontra-se cálcio, fósforo, ferro, proteínas e vitaminas A, B1, B2 e C - veja aqui a tabela nutricional. Ela também é utilizada como digestivo, pois tem a propriedade de regularizar as funções intestinais. A taioba é fácil de cultivar, gosta de sombra e umidade, e solos ricos em matéria orgânica, como o dos canteiros que ficam próximos à porta gradeada da cozinha da escola...

As folhas são bem macias e fáceis de preparar, como a couve, e o sabor lembra o espinafre. Colhidas na hora, são uma ótima opção para complementar o cardápio da cozinha e a dieta da comunidade escolar. Saiba mais sobre a taioba nas fontes consultadas:

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Monitoramento da água

Um dos maiores desafios de 2011 será o monitoramento da água do poluído rio das Pedras, que passa perto da escola e é formado por nascentes do Morro do Castro, como a Sereia. É um rio típico da metrópole do Rio de Janeiro que deságua na Baía de Guanabara: já nasce valão, drenando morros ocupados por populações que ainda convivem com a falta de saneamento básico. Curiosamente, depois de atravessar o bairro gonçalense ele faz uma curva para sudeste e penetra numa área preservada de Mata Atlântica, formando até cachoeira. Já visitei alguns pontos com os alunos, e neste final de ano fui com Lucas Lima e Andréa Regina, da turma 6A - que juntos com Rafaella Silva, monitoraram as chuvas de 2010 - para um teste na beira do rio, ao lado do campo do Gordo. Coletamos água numa garrafa pet para análises de oxigênio dissolvido, PH e turbidez, com material do World Water Monitoring Day - um programa internacional de educação voltado para a proteção dos recursos hídricos do planeta - enviado pela Professora Rosa de São José dos Campos (SP). Os alunos da EMJB infelizmente não conseguem enxergar um rio limpo no lugar do valão (como um dia já foi), pois se acostumaram desde cedo com a sujeira e o cheiro de esgoto.

Por outro lado, li recentemente um texto sobre renaturalização de rios em metrópoles brasileiras (Medeiros e Magalhães Júnior/UFMG), que cita exemplos bem sucedidos no país, como o de Curitiba, onde foram criados parques para a conservação de áreas permanentes de fundos de vale, para a prevenção de enchentes e a ampliação do saneamento básico, revalorizando os rios como elementos da paisagem da cidade. Esses autores concluem, com base em experiência em Belo Horizonte, que a percepção da população local, que tradicionalmente reforça o modelo convencional de gestão dos cursos d'água urbanos (sintetizado nas obras de canalização) e a manutenção de  posturas tradicionais por parte do poder público, pode também ser fonte de difusão de novos procedimentos, na medida em que aumenta o grau de apropriação e aceitação de intervenções alternativas por parte das comunidades. É um trabalho que acredito ser possível também no rio em questão, a começar por uma educação ambiental contínua, que possa preparar os alunos para essa recuperação.

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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Trabalho de campo do 7º ano



Realizado na Fortaleza de Santa Cruz  e no Campo de São Bento no dia 10 de dezembro pela manhã. A visita à fortaleza é guiada por soldados do exército e os alunos aprendem um pouco sobre a história de ocupação da Baía de Guanabara. Já o Campo de São Bento é uma área verde e de lazer da zona sul de Niterói e foi escolhido por eles (turma 7A) por votação em sala de aula. Quase todos nunca tinham ido a esses dois lugares conhecidos da cidade. As fotos da apresentação são de Débora de Oliveira, com algumas de Lívia Roberta (6A). Participou também deste dia a Professora de apoio Alessandra.

Foto de Débora.


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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O chá da Sueli

Toda semana a nossa querida Coordenadora Sueli leva para casa folhas de duas plantas da horta: a laranja da terra e o capim limão (foto1). Antes de cultivarmos essas espécies no terreno, ela tinha que comprar as folhas secas na rua, já que há tempos tem o hábito de consumir esse remédio caseiro e natural. Agora tem à vontade, frescas e colhidas geralmente pelos alunos, como a Patrícia Caroline (8B), clicada pela colega de turma Tainá Ferreira (fotos 2 e 3). Eles fazem isso com prazer quando sabem que é para ela, um sinal de respeito e reconhecimento pelo seu trabalho (fotos 4 e 5). Em casa, Sueli faz uma infusão - uma bebida feita pela imersão de uma substância aromática em água quente ou a ferver. Deixa de molho numa bacia até esfriar, coa e guarda o líquido numa jarra na geladeira. E bebe o chá frio, como água, a qualquer hora do dia e até nas refeições. O sabor lhe é agradável e o efeito calmante, o que ajuda na lida diária com os problemas de indisciplina dos alunos, que não são poucos. Afinal, como disse uma vez o Professor Vander, quando Sueli tira a folga do mês a escola fica sem bombeiro!





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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Trabalho de campo do 6º ano



Esta semana os alunos das turmas 6A e 6B tiveram a oportunidade de conhecer o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, através do apoio dado ao projeto "em cada canto um canteiro cultivado" pela Fundação Municipal de Educação (FME). A simples saída para fora dos arredores da escola já é uma grande viagem para eles, alguns sequer atravessaram a ponte Rio-Niterói em suas vidas. Muitos vibraram com a passagem pelo túnel Rebouças e uma das paisagens que mais lhes chamaram a atenção foi a das favelas subindo pelas encostas da floresta da Tijuca. Como o JBRJ fica numa área extensa, foi traçado um roteiro para melhor aproveitar o passeio, com base num treinamento feito para visitas guiadas: início pelo Jardim Sensorial (1), depois pau-brasil, casa de pedra e lago até o orquidário (2). Em seguida o vizinho bromeliário (3) para depois começar a volta por um riozinho até a estufa das plantas carnívoras (4). O último ponto de visita foi a árvore sumaúma (5), gigante da Amazônia que precisou de 19 alunos da EMJB para abraçá-la. As fotos abaixo são de Danielle Cruz (6B) e as da apresentação dela e de Weverson Corrêa (6A). Participaram também as Professoras Heloísa, Simone Diniz e sua filha Camila.

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5

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A borboleta surpresa

Há poucos dias, eu e a aluna do 6º ano Gabriela Valentim (6D) saíamos da horta quando vimos uma bela borboleta sobrevoando as plantas do terreno. Resolvemos esperar para ver se ela pousava, para tentar fotografá-la de perto. Ela não só pousou como ficou um bom tempo parada, o suficiente para  produzirmos belas imagens. No entanto, ficamos tão distraídos com sua beleza que nem reparamos no que estava realmente acontecendo. Qual  não foi a  surpresa quando passei os arquivos para o computador? Simplesmente, sem saber, presenciamos o momento da postura dos ovos na folha que servirá de alimento para as futuras lagartas. As fotos só da borboleta são da Gabriela. Repare nos ovinhos!




Ampliação da imagem anterior.

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Plena primavera

A Flor de Natal (Coroa de Rei ou Coroa de Moçambique) causando impressão na EMJB (foto de Tainá Ferreira - 8B)...

Muitas plantas estão florindo, como essa que parece o almeirão. A Professora Etelvina usou flores da horta na sua aula de Ciências ...

Os lírios se preparando para "humilhar" no final...

Da série "novos moradores" - sempre aparecem uns diferentes...

Agora tem até lagartos! Os pequenos répteis estão à vontade...

Pimentas dando o ar da graça, como no início do ano letivo...

Gabriela Valentim (6D) com a árvore e sementes de feijão guandu...

Alunos da 6E sem perder o hábito do plantio...

  Higor (6D) levando muda de capim-limão (foto de Gabriela Valentim)...

Victor Hugo (6E) com folhas de capim-citronela para combater os mosquitos...

Laura pegando os temperos que não podem mais faltar na cozinha...

Sementes de melão sendo separadas para plantar (foto de Gabriela Valentim)...

E Marcelo Zarro, do disk óleo vegetal, recolhendo o óleo de cozinha usado.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Nossa rotina (3)



Data: 19 de novembro de 2010.
Atividades: manutenção do espaço com a limpeza do terreno, dos canteiros, das calhas e da caixa coletora de água; preparação de canteiros em caixotes e plantio de sementes; registros com a câmera digital.
Local: horta (terreno da face oeste da escola).
Duração: de 12:00h às 13:30h.
Participantes: Maurício, Victor Hugo, Andrew Vinícius, Simão (de boné), Lucas e Leonardo, todos da turma 6E. As fotos da apresentação são do Maurício e do Simão.


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